“Que um homem não te define. Sua casa não te define. Sua carne não te define. Você é seu próprio lar”. Na música “Triste, louca ou má”, a cantora e compositora Juliana Strassacapa da banda “Francisco, el hombre” expressa sua inquietação diante dos enquadramentos sociais aos quais as mulheres estão submetidas, e dos estereótipos que pesam sobre elas quando decidem rompê-los. (Paula Guimarães, Catarinas). A música virou um importante hino da luta feminista e anti-opressão patriarcal no universo independente musical, tendo sido reinterpretado por vozes como Maria Gadú, Mariana Aydar, Liniker e por mulheres de toda América Latina.
Reconhecida integrante da banda Francisco, el Hombre, coletivo artístico mexicano-brasileiro com a qual lançou dois discos e alguns EPs.
A artista se apresenta atualmente como artista não-binárie e lançou em agosto a faixa “Duas Águas”, canção que convida ao mergulho em timbres e texturas vocais pintando a paisagem sonora em sua letra, criando uma linda declaração e canção de amor queer, em que Ju enaltece Bia comparando- a as potências e levezas das águas doces e salgadas.
Atualmente segue desenvolvendo também este projeto “solo”, onde busca apropriar-se dos meios de produção e ao mesmo tempo aprofundar-se em música-medicina, espiritualidade, conexão com a Natureza e temas de gênero e sexualidade (se identificando como pessoa não-bináriæ, genderqueer e pansexual).